Sobre antigas amizades, mar e fotografia

Conheci o Jair Bortoleto mais de trinta anos atrás, quando estudamos juntos em Santos (SP), na escola Marquês de São Vicente, no canal 2. E só quem é de Santos sabe a importância de localizar lugares e pessoas pelo canal em que moram ou estão.

Acabado o colegial, perdi contato com ele, mas às vezes amigos em comum contavam histórias incríveis sobre o cara quietão que perseguiu seu sonho e foi pro Havaí, pegou onda, limpou piscina pra se sustentar, arrumou uma câmera e começou a fotografar tão bem que, pouco tempo depois, estava sendo publicado por grandes revistas de surfe.

Corta pra 2025:

Reencontrei o Jair em alguma rede social, já de volta ao Brasil, fazendo fotos inacreditáveis, e com um senhor currículo: o cara editou a The Surfer’s Journal Brasil, fez documentários sobre o mar e o surfe, expôs em NY, Japão, Austrália, apareceu na revista National Geographic, lançou livros, fez capa de CD para a melhor banda de hardcore de Santos, o Garage Fuzz, e continuou fotografando compulsivamente.

O mar e a relação do homem com ele sempre foram a paixão do Jair, e a síntese da sua carreira como fotógrafo é o tema do seu terceiro livro, ESSENTIA FLUCTUS IMAGO, que ele lançou em maio deste ano no Bar do Beco, na Vila Madalena. Jair recebeu os amigos e autografou seu livro - também vendeu fotos em edição especial, com tiragem limitada. Ganhei uma dessas belas imagens direto do meu amigo e autor, uma relíquia que mantenho em casa junto com meus materiais de arte e fotografia.

Vale conhecer a obra do Jair em seu Instagram: @jairbortoleto