Omakase do Koya88
Na Vila Buarque, centro de São Paulo, bar oferece sequência de sushis elaborados com os pescados e iguarias mais frescos do dia, em ambiente despojado e intimista
GASTRONOMIA
🖊 Luciana Mastrorosa 📷 Rafael Carvalho Lima e Divulgação/ Koya88
8/14/20253 min read
A rua Jesuíno Pascoal, na Vila Buarque, centro de São Paulo, está virando um polo gastronômico. Bem ali no meio do buchicho está o Koya88, um bar que se propõe a unir “oriente e ocidente” com uma gastronomia boa, sem afetações, aliada a drinques autorais, em ambiente despojado e intimista. O projeto vem da dupla de Thiagos, Maeda e Pereira, que iniciaram a empreitada em meio à pandemia em 2020. Com o tempo, o Koya88 ganhou notoriedade e se tornou um local queridinho do público descolado da região.
No mezanino do bar, acessível por uma escada em caracol, fica o balcão com apenas seis lugares. É ali que o omakase é servido. Como já explicamos por aqui, omakase, em japonês, significa “entregar ao chef” – ou seja, ele é o responsável por apresentar ao cliente o que tem de melhor naquele dia.
Experimentamos o omakase do Koya88 no jantar. À meia-luz, o sushiman Michel Fuzioka despachou habilmente uma sequência de 13 sushis (normalmente, são 15), dos mais suaves, como o linguado com yuzu, aos bem intensos, caso das ovas de salmão (ikuras), do ouriço e da enguia. O omakase é servido de terça a sábado, apenas com reserva, e em dois turnos: às 19h30 e às 21h30. Para essa experiência, cobra-se antecipadamente R$ 150, valor revertido integralmente em consumo, apenas para garantir a reserva. O valor do omakase é de R$ 350 por pessoa ou R$ 380, com atum bluefin.
A carta de drinques é autoral e tem influência asiática, com coquetéis de vários estilos, que variam dos frescos aos encorpados e cheios de personalidade. Para os fãs de saquê, vale harmonizar a experiência com open da bebida, a R$ 120 por pessoa (consumo à vontade). Porém, na nossa visita, decidimos casar os sushis com a boa cidra oferecida na casa, a artesanal Ça (R$ 25), que se mostrou uma boa escolha.
Sazonalidade e frescor
Michel nos explicou que os peixes podem variar de acordo com a sazonalidade e o frescor dos produtos que consegue garimpar de melhor. Na nossa visita, provamos sushis de linguado com yuzu; pargo com limão e flor de sal; olho de cão com yuzu, ume e cebolinha; robalo com fatia de limão, cebolinha; tainha com karasumi; carapau com gengibre, cebolinha, umeboshi e katsuobushi; serra com gengibre e cebolinha; sardinha, gengibre, cebolinha (surpreendente!); atum e umeboshi; atum marinado no shoyu com saquê, pasta de alho negro e gergelim; uni com shoyu e flor de sal; ikuras e, para finalizar, enguia, com seu sabor intenso e terroso, servida na folhinha aberta de alga crocante.
De sobremesa, o chef nos ofereceu bombons da paulistana Mica Chocolates, com chocolate branco, yuzu e batata chips, para adoçar (e intrigar) o paladar. E, no final, ainda brindamos com um shot do drinque miss gueisha, com vodca, saquê, hibisco e espuma de gengibre, muito refrescante.
O omakase do Koya88 começou a ser servido em 2022, inspirado nos undergrounds novaiorquinos. Além dele, a casa oferece várias comidinhas boas para compartilhar, como o ague takoyaki (5 unidades, R$ 39), bolinhos de polvo fritos, molho buffalo tonkatsu, maionese da casa, anori e katsuobushi.
Uma experiência deliciosa e intimista, bem no centro da cidade. Vale muito para levar aquele alguém especial que ama comida japonesa sem invencionices. Recomendamos!
Vai lá: 🍋
Koya88
Rua Jesuíno Pascoal, 21, Vila Buarque, São Paulo (SP)
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